A 30 de abril celebramos o 18º Aniversário do JACC e Dia Internacional do Jazz
O JACC - Jazz ao Centro Clube nasceu a 30 de Abril de 2003, no ano em que Coimbra foi Capital Nacional da Cultura. Foram várias dezenas de homens e mulheres que, nesse dia, formalizaram o desejo antigo de ter um “clube” que pudesse promover uma programação
regular de Jazz na cidade de Coimbra.
Ao longo dos anos o JACC foi alargando o âmbito da sua ação, primeiro com a revista jazz.pt (2005), depois com o festival itinerante Portugal Jazz (2007), tendo a editora JACC Records começado a sua atividade em 2010.
Quase dez anos depois da sua criação, o JACC chegou à sua atual casa. Com o Salão Brazil, transformou-se a relação do clube com a cidade e alargou-se o papel de promoção da cultura musical, que ganhou novas tonalidades, para além do Jazz e dos seus arredores, chegando a todos os géneros musicais, sem que o Jazz perdesse a sua centralidade. Também com o Salão se deu início a uma transformação do perfil do JACC, “vestindo a camisola” da Baixa de Coimbra e da sua revitalização, dando destaque ao Serviço Educativo - do qual sairam as primeiras criações próprias - e abraçando novos projetos como os Sons da Cidade (celebrando a inscrição da Universidade de Coimbra - Alta e Sofia na Lista de Património Mundial) ou o Dar a Ouvir: Paisagens Sonoras da Cidade, festival organizado em parceria com o Convento São Francisco/Câmara Municipal de Coimbra, e que convida a descobrir a cidade através da escuta dos seus principais marcos sonoros e de outras dimensões acústicas mais ou menos escondidas.
Desde 2012, o JACC tem feito a festa do seu aniversário aproveitando a feliz coincidência de, em novembro de 2011, a UNESCO ter instituído o dia 30 de abril como o Dia Internacional do Jazz. A intenção era reconhecer o jazz como um veículo para desenvolver e aumentar o intercâmbio intercultural e a aproximação entre culturas, em
prol da compreensão e da tolerância. Desta forma, na última década, tem sido feito um convite amplo para a participação de várias entidades nesta dupla celebração. Este ano, fruto dos constrangimentos pandémicos, as celebrações serão necessariamente mais comedidas, mas com igual dose de alegria!
As celebrações têm início com uma atividade no âmbito do Programa de Educação Estética e Artística (PEEA), que se junta à celebração do Dia Internacional do Jazz com uma ação artística e educativa que parte do desafio do lançado pelo Jazz ao Centro Clube ao Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Escola Artística do
Conservatório de Música de Coimbra. A iniciativa toma a forma de um concerto/aula aberta, orientada pelo prof. Miguel Calhaz, com os alunos da turma 11.º L. Este
concerto comentado online é dirigido às crianças dos Jardins de Infância e aos alunos do 1.º Ciclo das escolas da região Centro Interior em que o PEEA está a ser implementado. Os alunos vão poder participar no evento, em contexto de sala de aula, nas suas escolas.
Esta iniciativa insere-se no âmbito do projeto do PEEA O Artista Vai à Escola que, mesmo à distância, procura enriquecer as experiências em educação artística, aproximando os artistas e criadores das escolas.
Ao final da tarde, pelas 19h00, o Salão Brazil acolhe a apresentação, em primeira mão, do novíssimo disco do pianista e compositor Luís Figueiredo. O disco “À Deriva”, lançado pela editora RODA, reúne seis peças de improvisação livre, gravadas em duas sessões em agosto e setembro de 2020. Sobre “À Deriva”, escreve António Branco na jazz.pt que é “o testemunho mais eloquente e arrojado da maturidade de Luís Figueiredo, uma prova cabal, se necessária fosse, da sua inescapável relevância no jazz nacional do nosso tempo.”.
Argumentos de sobra para cantar os parabéns ao Jazz ao Centro Clube no seu 18º aniversário e para celebrar igualmente o Dia Internacional do Jazz.